Em plena época Romana, a ilha de Peniche, terá desenvolvido principalmente a sua economia, na exploração de recursos provenientes do mar, nomeadamente, na transformação e preparação de pescado.
Entre outras, esta produção, sustentava um comércio de médio e longo alcance, sucessor das rotas comerciais fenício-púnicas, localizada num ponto estratégico de grande valor, e que teria na ilha da Berlenga um fundeadouro natural e cais de embarque, que propiciava a sua expansão além-mar. Dos achados recolhidos faziam parte, duas dezenas de cepos de âncoras Romanas, e também fragmentos de ânforas, do mesmo padrão e com marcas de oleiro semelhantes às ânforas cozidas do Morraçal da Ajuda.
Eram parcos os conhecimentos sobre este território, para a época entre o Baixo-império e o 2º Milénio d.C. Porém é muito provável que o padrão de povoamento se tenha mantido relativamente idêntico às épocas anteriores.
Para a Idade Média, as fontes históricas, descrevem a ilha de Peniche integrada na economia e administração da importante herdade de Atouguia da Baleia, a qual, se viria a manter até ao séc. XVI. Efectivamente, esta localidade, está presentemente localizada no interior do território e distanciada do mar, no entanto, durante a Idade Média, conheceu o seu desenvolvimento económico, devido ao seu porto de pesca, considerado à época de D. Dinis um dos portos mais importantes do Reino. O desenvolvimento económico, deveu-se sobretudo à captura de peixe de médio e longo porte, como é sabido, o cetáceo que dá nome à vila de Atouguia da Baleia. Devido a uma actividade mercantil muito vasta, viria então a ganhar autonomia face a Óbidos. Esta autonomia é efectivada em 1158 com a concessão em Foral da herdade de Touguia por D. Afonso Henriques a Guilherme Corni, cruzado franco que terá servido este Rei aquando da tomada de Lisboa.
Fonte: Roteiro da Câmara Municipal de Peniche.
Raízes M/ Peniche
Muito bem !! Agora vamos ver se com esta reestruturação dos municipios exigida pela troika como vamos ficar.
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