A actividade piscatória estava no seu apogeu: era premente criar espaço navegável no porto de pesca. A evolução dos tempos não se compadecia com o retrato que Peniche guardava da tão querida ribeira. A falta de segurança marcou uma época para os pescadores que tantas lágrimas contaram aos seus antepassados ao entrar na barra.
A velha ribeira olhou-se com outro rosto; o molhe oeste alongou-se para o mar, o cais galgou sobre as rochas, o extenso areal foi trocado por betão, a bacia dragada de areias e lodo.
Porem, o Homem, contrariou o percurso natural do mar, que se estendia até ao areal. Sentimos quando caminhamos no molhe oeste, e sob este, escutamos o seu queixume, acusando quem o amordaçou. Bateu, bateu…e, ironicamente trespassou a raiz da estrutura, arrastando consigo água e areia fina.
Com o andar do tempo, cresceu a “oitava praia”, onde o mar se espraia: orgulhoso, por ter ganho ao Homem tão dura batalha.
Raízes M/Peniche
É de louvar quem divulga, esta e outras maravilhas da natureza. Eatá autentico! Parabens.
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