JÁ ERA TÃO VELHINHO
Já era tão velhinho, que à janela, mal assomava.
À noite, saía para ver de onde o vento soprava.
De olhos postos no céu, o seu corpo rodava.
Em jeito de oração, com os seus botões falava:
- Está nortada fresca…! A rosa os ventos rezava.
Temente pelo vendaval, que tantas vidas ceifavam.
Logo ao romper madrugada rumava ao Cabo Carvoeiro.
Sem temor pelo temporal e sentado na rocha, esperava.
As meninas dos seus olhos, um por um, os barcos contavam.
-Ah…! Conseguiram...Já passaram!
Então, o velho pescador descansava.
- Ah…! Arribaram.
Raízes M / Peniche
Paraben, à autora deste trabalho. Está muito bonito.
ResponderEliminar