PAPAGAIO DE PAPEL
De canas era construído
O meu papagaio de papel.
De vulgar papel vestido.
Pintado de amarelo
O meu papagaio de papel.
De vulgar papel vestido.
Pintado de amarelo
Com a cauda feita de elos
De rede entrelaçada
Para dar animação
Rolhas de cortiça dependurada.
Mal o vento espreitava
Ia para a rua
Aí o largava.
Meio desajeitado
Cambaleava e guinava.
Por fim lá se endireitava.
Subia, subia…
Tanto era o fio que eu lhe dava.
Ah…o meu papagaio voava.
Sem ter asas…
Eu magicava!
Também queria ir… gritava!
Mas…eu tinha braços e não voava.
Nem pelo fio trepava!
Um dia o meu papagaio se soltou
Sem ter asas
A liberdade conquistou.
Apenas o fio sobrou.
Raízes M/ Peniche
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